segunda-feira, julho 04, 2011

O que todos precisam saber sobre taxas de câmbio, macroeconomia e microeconomia

Qualquer que seja a profissão que você pretenda escolher
ou que já exerce, 
há certos detalhes da economia que você precisa saber.
Por exemplo, o que são taxas de câmbio,
macroeconomia e microeconomia.

Se você pretende realizar um curso, seja de nível técnico ou superior, e de qualquer área, precisa ter em mente que, já que está se preparando para exercer uma profissão, está se preparando para ser um empreendedor. Com o avanço da globalização e com todos os países do mundo se filiando a blocos econômicos para facilitar a circulação de bens e serviços no comércio internacional, torna-se cada vez mais evidente que todo jovem que já esteja na fase da escolha de sua profissão já comece a conhecer bem algumas coisas básicas relacionadas às economias regional, nacional e internacional, mas esses conhecimentos são igualmente importantes para profissionais que queiram manter seu lugar garantido no mercado de trabalho. Precisam saber, por exemplo, alguns detalhes sobre taxas de câmbio, macroeconomia e microeconomia. 
A taxa de câmbio é o preço de uma unidade monetária em relação ao de outra (por exemplo, o preço do dólar em relação ao do real) no mercado internacional. Ela é definida diretamente, quando exprime o valor de uma unidade estrangeira em relação à nacional, e indiretamente quando ocorre o contrário. Ou seja: a taxa de câmbio é o reflexo do custo de uma moeda em relação à outra dividido pelas taxas de venda e de compra. Do ponto de vista de um banco autorizado pelo Banco Central, a taxa de venda é o preço que o banco cobra para vender a moeda estrangeira, e a taxa de compra é o preço que ele aceita para pagar pela mesma moeda. 
É muito importante estar atento a estes detalhes porque o câmbio é uma variável importantíssima da macroeconomia, que é o estudo detalhado de uma economia regional ou nacional como um todo. A macroeconomia nacional é a observação de todos os detalhes da economia de um país (no nosso caso, o Brasil). A macroeconomia regional tanto pode ser relacionada à economia conjunta de algumas cidades vizinhas como à de estados de uma mesma região ou de países que integram um mesmo bloco econômico (ver "O que são Blocos Econômicos" - http://promertra.blogspot.com/2011/07/o-que-sao-blocos-economicos.html) ou de países de um mesmo continente. Porém, para entendê-la melhor, é bom entender o que é a microeconomia. 
Não se trata exatamente de duas coisas contrárias, e sim de uma coisa dependente da outra. A macroeconomia se concentra principalmente no estudo das principais tendências da microeconomia, que é a verificação de problemas nas relações entre as alocações e as finalidades de recursos financeiros e de seus impactos sobre o comportamento econômico individual de consumidores e de empresas, considerando-se a distribuição de produção e de renda entre eles. Baseando-se nisto, a macroeconomia possibilita a obtenção de dados relacionados principalmente à produção de bens e de serviços, à geração de renda, ao uso de recursos, ao comportamento dos preços e ao comércio exterior para colaborar para o crescimento da economia e da oferta de empregos, para a estabilidade de preços e para manter a inflação sob controle. 
É importante que o empreendedor esteja atento a esses detalhes porque eles são fundamentais para o entendimento do conceito do sistema econômico como algo que envolve todos os recursos produtivos divididos entre cinco tipos de mercado: o mercado de bens e de serviços, que determina o nível de produção agregada e o nível de preços; o mercado de trabalho, que admite a existência de mão de obra sem considerar características específicas e determina níveis de salários e de emprego; o mercado monetário, que analisa a demanda da moeda e sua oferta pelo Banco Central (que, por sua vez, determina a taxa de juros); o mercado de títulos, que analisa agentes econômicos superavitários (que tem níveis de gastos inferiores aos seus níveis de renda) e deficitários (que tem níveis de gastos inferiores aos seus níveis de renda), e o mercado de divisas, que depende das exportações e de entradas de capitais financeiros determinadas pelo volume de importações e de saída de capital financeiro. 

O que São Blocos Econômicos


Tanto nos concursos públicos como nos exames vestibulares, as provas de português, por exemplo, se confundem com as de conhecimentos gerais: além das questões sobre regras ortográficas e gramaticais, elas incluem interpretações de textos sobre economia, política e atualidades de diversas áreas. Isto obriga o candidato a estar a par de tudo que acontece nesses setores. Entre os temas mais freqüentes, constam os “blocos econômicos”. Eis por que muitas pessoas – especialmente as que procuram empregos – precisam saber o que são, como se formam, qual a finalidade desses blocos.
O que são e para que servem?

De uma forma bem resumida, costuma-se dizer que um bloco econômico é um grupo formado por países que se associam para estabelecer relações comerciais comuns entre si. Esta definição não está errada, mas está incompleta. É preciso deixar claro que esses países associados visam estabelecer relações comerciais tendo como principal objetivo a redução de tarifas alfandegárias para facilitar a introdução dos produtos fabricados em cada país (roupas, alimentos, veículos, material eletrônico, medicamentos, etc.) no mercado internacional.



O primeiro bloco econômico a ser organizado no mundo foi a Comunidade Econômica Européia (CEE). Sua fundação ocorreu em 1957.  Atualmente é conhecido como ”União Européia” (UE). Formado por 15 países da Europa Ocidental, o grupo recebeu o novo nome em 1991, quando foi assinado o tratado de Mastrich, que só entrou em vigor em 1993, ao ser firmado um acordo com a União Política e a União Monetária Econômica. Deste acordo resultou a criação do euro como unidade monetária única entre os países membros.




Outros blocos importantes
Além da UE, destacam-se entre os blocos econômicos mais importantes a Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec) e o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta). A Apec surgiu em 1993 com o objetivo de criar uma zona de livre comércio entre os seus 20 países membros (Austrália, Brunei, Canadá, Indonésia , Japão, Malásia, Nova Zelândia, Flipinas, Cingapura, Coréia do Sul, Tailândia, Estados Unidos, China, Honk Kong, Taiwan, México, Papua Nova Guiné, Chile, Peru, Federação Russa e Vietnã) até 2020. Apesar de Hong Kong não ser um país (pertence à China), participa do grupo de forma indedependente do governo chinês.
O Nafta iniciou suas atividades em 1988, quando os Estados Unidos e o Canadá decidiram integrar suas economias. Em 1993 recebeu a desão do México. Em 1994, um tratado estabelecido entre os três governos entrou em vigor para eliminar totalmente as barreiras tarifárias entre eles num prazo de 15 anos. Isto contribuiu para o crescimento da circulação de mercadorias entre os três países, que chegou a 156% entre 1990 e 1999. Esse fato ajudou a economia mexicana a se colocar entre as 15 maiores do mundo.
O Mercosul
O Brasil tem participações em várias associações internacionais. Uma das principais é o Mercado Comum do Cone Sul (Mercosul), que tem este nome porque os primeiros países membros formam a figura de um cone na extremidade sul do mapa da América do Sul. O bloco foi criado em 1991com a união entre o Brasil, a Argentina e Uruguai. Em 1995, instalou-se a Área de Livre Comércio, que permitiu a circulação de 90% de todas as mercadorias produzidas nos três países com isenção total de tarifas de importanção.
O Chile solicitou sua admissão ao Mercosul em 2000, mas em dezembro do mesmo ano decidiu firmar uma cordo com os Estados Unidos e por isto seu pedido foi suspenso. Mesmo assim, permaneceu como membro associado, e o Panamá, o México e a Veneuzuela iniciaram negociações para assinar um acordo de comércio com o bloco.
Existem tipos diferentes de blocos econômicos?
Sim. Todos têm as mesmas finalidades básicas: minimizar os problemas econõmicos de cada país ou grupo de países e, ao mesmo tempo, facilitar a introdução de suas mercadorias no comércio internacional. Entretanto, existem basicamente três tipos de blocos econômicos:
  • Mercado Comum – o Mercosul é um exemplo deste tipo de bloco. Caracteriza-se por permitir a livre circulação de serviços, capitais e pessoas entre os países que participam do grupo.
  • União Aduaneira -  os blocos deste tipo abrem mercados internos de cada país membro aos demais participantes do mesmo bloco e regulamentam o comércio do bloco com nações de outras associações. O Mercosul também tem características como estas, sendo ao mesmo tempo um mercado comum e uma união aduaneira.
  • União Econômica e Monetária – A União Européia, que criou o euro, é um exemplo deste tipo de bloco. Tem as mesmas caracteristicas de um mercado comum, mas acrescenta a elas a adoção de uma política de desenvolvimento e o estabelecimento de uma moeda única.
  • Zona de Livre Comércio - busca eliminar ou pelo menos reduzir as taxas alfandegárias incidentes sobre trocas de mercadorias entre os países do mesmo grupo.
Fontes:
  • Almanaque Abril – Mundo – 2001 – Editora Abril (São Paulo, SP)
  • Almanaque Abril - Brasil – 2001 – Editora Abril (São Paulo – SP)
  • Wikipedia
  • The Universal Almanac – Editora: World Almanac Books – Mahwa, New Jersey, EUA.