Quando o objetivo é conseguir um emprego,
manter-se no que já se tem
ou
conquistar clientes,
o hábito ajuda muito a fazer o monge.
O que é marketing pessoal? O consultor de empresas Mário Persona responde a esta pergunta da seguinte forma: "É um conjunto de ações e atitudes que uma pessoa, um profissional, adota para mostrar o que tem de melhor a oferecer para ingressar no mercado de trabalho". Mas o próprio Persona alerta que isto não basta: para garantir um emprego ou para se manter no que já ocupa, é preciso também criar um relacionamento de confiança.
Isto quer dizer que o interessado em se incluir no mercado de trabalho ou se manter nele deve expor seu "produto" - isto é, suas competências - e fazer um planejamento constante para o desenvolvimento ininterrupto de suas habilidades. Nesse planejamento, deve-se incluir uma criação de valores para essas habilidades e de relacionamentos com pessoas que ajudem a promover seus talentos. Somente depois disto o marketing pessoal estará pronto para ser disponibilizado no mercado.
Como em qualquer outro tipo de mercado, a primeira coisa necessária para a inclusão ou reinclusão no mercado de trabalho, ou para se manter nele, é ter o produto para vender. O "produto", neste caso, é a capacidade de trabalho, isto é, o marketing pessoal. Como diz Persona em suas palestras, não se pode querer ingressar ou reingressar no mercado de trabalho confiando apenas na própria aparência. É preciso mostrar um conteúdo importante, algo que faça as pessoas acreditarem e confiarem nas habilidades profissionais do candidato a uma vaga numa empresa ou qualquer outra organização. Caso contrário, suas possibilidades de carreira não existirão. A aparência é passageira, mas o conhecimento pode ser mantido e constantemente acrescentado.
O hábito faz o monge
Isto não significa que a aparência não é importante. Há situações em que o ditado popular que diz que "o hábito não faz o monge" não se aplica à realidade, e esta é uma delas. Um candidato não deve comparecer a uma entrevista para emprego numa instituição financeira ou num órgão público - mesmo se for para um emprego temporário - usando uma bermuda, sandálias ou chinelos ou uma calça Jean desbotada. É preciso estar vestido de acordo com a área de atuação da empresa, com o tipo de clientela a que ela se destina, etc. O candidato não precisa se vestir como um médico ou um enfermeiro só porque participará de uma entrevista para emprego numa clínica ou num hospital, mas sua forma de se vestir e suas atitudes em geral devem estar de acordo com os limites da sensatez.
Além de ter que mostrar que sabe se vestir e se comportar adequadamente, o candidato precisa demonstrar conhecimento, não somente de suas próprias aptidões como também das atividades da empresa. Antes da entrevista, deve procurar saber em que ramo a empresa ou organização atual, qual é sua posição no mercado, etc. Ao apresentar currículos em empresas que atuam em diferentes ramos de atividades, não deve apresentar currículos iguais: apresente um currículo com demonstração de conhecimentos que interessem à empresa. Se apresentar cópias de um mesmo currículo, este conterá informações que não interessarão a vários empregadores; portanto, sua possibilidade de conseguir emprego nessas empresas estará descartada. Importantíssimo: já escrevi isto em outros artigos, mas vale a pena repetir: não invente informações no currículo, pois a informação falsa é crime, gera penalidades de acordo com as leis e é sempre descoberta. Se isto acontecer, você nunca mais conseguirá emprego na vida, e dificilmente conseguirá clientela para garantir seu trabalho por conta própria. Isto porque, na sociedade em que vivemos, algumas pessoas elogiarão você pelo que fez certo por alguns dias ou meses, mas o que você fizer de errado fará com que a sociedade o condene por toda a sua vida.
Mostre às pessoas que você existe - ou ainda existe!
"Quem não aparece, desaparece!" - disse-me uma vez uma amiga. E ela tinha razão. Quando não vemos um amigo ou um parente por muito tempo, costumamos pensar que ele mudou de cidade, de Estado ou foi morar em outro país. Ou que talvez tenha até morrido. E sempre nos sentimos surpresos quando inesperadamente encontramos essa pessoa. Por isto, além de se vestir adequadamente segundo cada ocasião, a pessoa que deseja se iniciar ou retornar ao mercado de trabalho tem que manter seus conhecimentos em constante evolução e mostrar que ainda existe. Para isto, precisa desenvolver meios de criar situações que façam com que as outras pessoas possam perceber seus valores e, assim, contratá-la ou indicá-la a alguém.
Entretanto, é importante que esses valores nunca sejam ressaltados pelo próprio profissional. Ele precisa fazer com que as outras pessoas se interessem em promovê-lo e falar de suas qualidades profissionais e pessoais. Para isto, a comprovação de caráter e de atitudes sempre honestas e em concordância com as determinações legais é algo indispensável, e por duas grandes razões: como eu já disse, nossa sociedade elogia pelos acertos por algum tempo, mas condena pelos erros por toda a vida, mas a segunda razão é a que eu considero como a mais importante: Ser sempre honesto e agir de acordo com as leis não é apenas uma qualidade, é uma obrigação que cada pessoa tem para com as outras e para consigo mesma.
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