Hoje, quando eu visualizei o meu perfil no Linked In, encontrei a seguinte pergunta:
"O que é necessário para ingressar na área de projetos e planejamento quando a formação acadêmica é administração geral, tendo em vista que o cenário atual na maioria das empresas solicita que o profissional seja formado em TI ou engenharia?"
Percebi de imediato que a questão não se refere apenas a "quem deve fazer o quê" na empresa, mas a um outro problema que há muitos anos tem existido nas discussões sobre temas trabalhistas. A interpretação muitas vezes equivocada quanto aos significados de determinadas palavras. Em resumo: as dificuldades que são causadas por deficiências na comunicação. Como resposta, expliquei o seguinte:
Na maioria dos casos, a palavra "administração" é interpretada como uma responsabilidade que planejamentos, organização, direção e controle das atividades em geral, especialmente nos âmbitos, governamental, empresarial, institucional e doméstico. No entanto, o verdadeiro significado do verbo "administrar" é "prestar serviços de forma colaborativa". Ou seja, cabe ao administrador usar sua própria experiência e seus conhecimentos para orientar outras pessoas, colaborando desta forma para a obtenção dos melhores resultados possíveis. Isto me faz lembrar também o uso incorreto da palavra "competência".
É muito comum ouvirmos alguém dizer, por exemplo: "O Dr. Fulano é um médico muito competente." - quando na verdade quer dizer que ele é um médico muito eficiente. "Competência" não significa capacidade de realizar algo. Quando eu digo que "compete a você fazer a limpeza da sala" ou "que isto é da sua competência", estou dizendo que você recebeu uma determinação de alguém que ocupa um cargo hierarquicamente superior ao seu para fazer a limpeza ou que você foi contratado(a) para essa finalidade, mas isto nem sempre significa que você tenha capacidade suficiente para realizar tal tarefa. "Competência" significa "incumbência", e não "eficiência".
Também há uma diferença entre "eficiência" e "eficácia". "Eficiência" é a capacidade de fazer bem feito. Entretanto, para qualquer empresa, não basta que o profissional seja eficiente: ele precisa ser eficaz, e "eficácia" significa muito mais do que "fazer bem feito", significa fazer bem feito e garantir que os resultados sejam os esperados ou necessários. Ser eficiente é saber fazer da forma correta, ser eficaz é saber fazer de forma que se consiga chegar aos objetivos desejados. Por esta razão, como base no exemplo dado pela pergunta, o empresário exige a formação profissional do especialista em tecnologia da informação (TI), que é a pessoa capaz de administrar os serviços de informação sob o ponto de vista tecnológico.
No caso da administração geral, a competência do profissional engloba a prestação de serviços colaborando no planejamento, na organização, na direção e no controle das atividades gerais da empresa, colaborando para a criação e execução de planos e programas com objetivos bem definidos que possam evitar futuros problemas. Isto, sim, se chama "competência". Se o administrador será eficiente e eficaz, isto dependerá de sua capacidade de executar a competência que lhe foi confiada.
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