Nestor Müller, repórter fotográfico com muita experiência,
fala dos riscos de sua profissão
e dos momento de perigo que passou.
Tudo que ele conta acontece
também com jornalistas e tele cinegrafistas.
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Se você não quiser viver perigosamente,
não pode nem pensar em ser jornalista, telecinegrafista ou repórter fotográfico.
e dos momento de perigo que passou.
Tudo que ele conta acontece
também com jornalistas e tele cinegrafistas.
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Se você não quiser viver perigosamente,
não pode nem pensar em ser jornalista, telecinegrafista ou repórter fotográfico.
Escolher uma profissão não é tão fácil quanto possa parecer. Em primeiro lugar, não basta gostar da ideia de ser um profissional na área escolhida: é preciso saber se você tem talento. Estamos muito acostumados a ouvir os pais dizerem que seus filhos tem vocação para determinada profissão. Porém, lembre-se: "vocação" é uma coisa, "talento" é outra. "Vocação" é uma vontade muito forte de fazer alguma coisa, "talento" é a capacidade para fazê-la, e no exercício qualquer profissão o talento é bem mais importante do que a vocação.
Durante o período em que eu trabalhava para a Superintendência Estadual de Comunicação Social do Espírito Santo (Secom), eu aproveitava os horários de almoço para conversar com os estagiários - estudantes de jornalismo que trabalhavam comigo. Por esta época, Nestor Müller, que já era meu amigo desde antes, também foi meu colega de trabalho, e às vezes participava dessas conversas dando sua colaboração.
Eu perguntava aos estagiários o que eles pretendiam fazer quando já estivessem atuando profissionalmente. Uns diziam que seriam apenas apresentadores de tele noticiários. Outros, que se dedicariam à cobertura de eventos esportivos. Outros, que se dedicariam a assuntos relacionados à política, à economia, etc. Todos estavam no último semestre de seus cursos, e nenhum deles demonstrava interesse em cobrir, por exemplo, fatos policiais. Rebeliões nas prisões, assaltos a bancos, tráfico de armas ou drogas, etc., não faziam parte de seus planos.
Percebendo isto, eu dizia a eles que os cursos realmente não preparam os profissionais como deveriam. Neles, os jovens estudantes aprendem muita teoria, mas realidade profissional eles só aprenderão quando estiverem exercendo a profissão.
Alguém precisa dizer a eles algumas coisas que não lhes são esclarecidas durante o curso. Por exemplo: não é o jornalista quem vai decidir o que ele fará inicialmente, seja na TV , no rádio, no jornal ou na revista, é o diretor quem lhe dirá em que setor ele atuará. Isto se faz necessário porque, se for dado ao jornalista o direito de escolha, ninguém fará matérias sobre rebeliões nas penitenciárias, tiroteios entre criminosos e policiais, incêndios, guerras e outras situações de perigo. Ninguém gosta de correr riscos; portanto, ninguém atua nessas áreas por escolha, e sim por ser necessário. Além disso, o jornalista só poderá se considerar um profissional de fato depois que passar por todas as experiências próprias da profissão. O mesmo acontece com relação a repórteres fotográficos, tele cinegrafistas e até mesmo com os motoristas e pilotos de helicópteros, que são profissionais que dirigem os veículos que levam as equipes de reportagem aos locais onde os fatos estão ocorrendo.
Portanto, se você sonha em ser profissional numa destas áreas, mas não quer correr tais riscos, dou-lhe um conselho: submeta-se a um teste vocacional. Não um desses que são oferecidos pela internet, mas um que seja acompanhado pessoalmente por um psicólogo experiente, num instituto de psicologia. Os testes vocacionais ajudam o indivíduo a descobrir seus talentos e quais deles se adequam mais às suas vocações. Se você sonha ser jornalista, tele cinegrafista (produtor de imagens para TV ou "camera man"), mas não quer correr riscos, será melhor você desistir de realizar esse sonho.
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