segunda-feira, dezembro 05, 2011

Mulheres que atuam em áreas de tecnologia são vítimas de preconceito.

Muitas delas alegam 
que os motivos do desinteresse por essas áreas são outros,
mas não descartam o preconceito dos homens.

Um artigo divulgado hoje pelo jornal online "Último Segundo" informa que muitas mulheres estão desistindo de procurar profissões em áreas tecnológicas por causa de preconceitos dos homens contra a atuação delas nesses setores. O artigo diz que Margareth Ortiz Camargo, atualmente superintendente de Tecnologia da Informação (TI) do Hospital Sírio-Libanês em São Paulo, disse que, quando conseguiu seu primeiro emprego em TI (em Campinas), as mulheres ainda eram obrigadas a usar saias no ambiente de trabalho. Ao mesmo tempo, ela informou que mesmo assim, quando ingressou no curso de técnico de processamento de dados, havia mais mulheres do que durante a graduação e do que no local de trabalho.
O problema ocorre no Brasil inteiro, não somente em relação à TI, mas a todas as áreas técnicas. Entretanto, muitas mulheres afirmam que seu desinteresse por essas atividades não se dá apenas por causa do preconceito. Os motivos variam muito, e u  dos principais é a dificuldade de conciliar a vida pessoa com o trabalho, pois a atuação - principalmente em TI - requer cumprimentos de horários pouco convencionais. 
Uma pesquisa realizada no no Brasil pela Microsoft em parceria com a Sociedade Brasileira de Computação (SBC) revelou que na década de 1980 o número de mulheres era quase igual ao de homens nos cursos relacionados à informática, mas atualmente elas constituem menos de 10% do total de alunos. Na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), as mulheres matriculadas nos cursos de Sistemas de Computação e Ciência da Computação não chegam a 20% do total de alunos. Na Universidade de São Paulo, elas são 11% dos 260 alunos. Na Universidade Federal de Pernambuco, uma das mais procuradas do país, elas são menos de 10% dos 872. Em Pernambuco, muitas das mulheres entrevistadas disseram que o que mais desmotiva a procura por essas áreas profissionais é o nível de salários, que é muito baixo, mas afirmam que há preconceito.   

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